sábado, 22 de maio de 2010

Segunda Guerra Mundial - Apresentação 21/05/2010


Segunda Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.   
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques)                                           Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos: Aliados: liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos, e Eixo: Alemanha, Itália e Japão.
O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
Em 7 de Dezembro de 1941 o Japão ataca a base de Pearl Harbor que foi uma operação aeronaval de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, efetuada pela Marinha Imperial Japonesa , foi executado sem prévio aviso na ilha de Oahu, Havaí, contra a frota do Pacífico da Marinha dos Estados Unidos da América e as suas forças de defesas.Danificou e destruiu 11 navios e 188 aviões e matou 2403 militares estado-unidenses e 68 civis. A Marinha foi capaz de, em seis meses a um ano, reconstruir a frota.  ataque marcou a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra do Pacífico, ficando conhecido como Bombardeamento de Pearl Harbor.
De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
O Brasil entrou no conflito a partir de 1942. Na época, o presidente da República era Getúlio Vargas. A princípio, a posição brasileira foi de neutralidade. Porém após alguns ataques a navios brasileiros, Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt para a participação do país na Guerra. O primeiro grupo de militares brasileiros chegou à Itália em julho de 1944. O Brasil ajudou os norte-americanos na libertação da Itália, que, na época, ainda estava parcialmente nas mãos do exército alemão. O país enviou cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira,  42 pilotos e 400 homens de apoio da Força Aérea Brasileira. Os soldados conseguiram vitórias importantes contra os alemães, tomando cidades e regiões estratégicas que estavam no poder destes, como o Monte Castelo, Turim, Montese, entre outras. Mais de 14 mil alemães se renderam aos brasileiros, que também ficaram com despojos como milhares de cavalos, carros e munição. Foi fundamental também para a guerra a cessão de bases navais e aéreas no território brasileiro. Um desses locais que teve participação decisiva foi Natal, no Rio Grande do Norte, A capital potiguar serviu como local para abastecimento dos aviões de guerra americanos e base naval antissubmarinos. Com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, a FEB foi desfeita em 1946.
Nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de 1945 a bomba atômica "Little Boy" caiu sobre Hiroshima numa segunda-feira, três dias depois, a "Fat Man" caiu sobre Nagasaki. Os Bombardeamentos foram ataques nucleares ocorridos no final da Segunda Guerra Mundial contra o Império do Japão, realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos. As estimativas do número total de mortos variam entre 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagazaki, sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação. A maioria dos mortos eram civis. Dia 6 de junho de 1944 as tropas aliadas desembarcaram na Normandia e fizeram o mais forte ataque contra as tropas alemãs. Mesmo percebendo a forte pressão dos adversários o comando nazista decidiu lutar até a morte. Em 25 de abril de 1945 Berlin estava totalmente cercada e em 30 de abril Hitler, sua mulher e um ministro mataram-se. E no dia 8 de maio de 1945 deu-se a completa rendição da Alemanha, esse é considerado o dia da vitória européia.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos os países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.


Grupo: Everton, Gabriel, Giane, Leticia e Willian



sábado, 15 de maio de 2010

Era Vargas - Apresentação 14/05/2010


Era Vargas
A chama da era Vargas está dividida em três momentos:
  • Governo Provisório; vai de 1930 a 1934
  • Governo Constitucional; vai de 1934 a 1937
  • Estado Novo; este sendo o mais longo que vai de 1937 até 1945
Contexto Histórico
A partir do inicio dos anos 1920, cresceu a oposição às Oligarquias cafeeiras no Brasil. Além das divergências e dos conflitos internos, a crise mundial de 1929 acelerou o processo de perda da importância política dos cafeicultores.
O Resultado foi um movimento que colocou, em 1930, fim da República do café com leite. Entretanto, ao contrário das expectativas, as mudanças não trouxeram maior participação à política da população. O país entraria numa faze marcada por ditadura e forte repressão política.
Governo Provisório (1930 – 1934)
Em 1930, Getúlio Vargas assumiu o governo em caráter provisório, até que fossem convocadas eleições para a escolha do novo presidente.
Nesse período ocorreu:
  • Decretos de Lei;
  • Fechamento do Congresso;
  • Nomeação de Interventores;
  • Criação de Leis Trabalhistas, (8 horas diárias de trabalho, salário mínimo, repouso semanal, férias pagas, etc.).
Mas, por outro lado, o governo passou a exercer um controle muito forte sobre os trabalhadores a partir do Ministério do Trabalho recém-criado. Assim, Vargas pretendia ao mesmo tempo conquistar o apoio da classe operária e garantir sua submissão.
Em especial os paulistas e os fazendeiros de café queriam reconquistar o controle do governo. Não aceitavam o interventor nomeado para São Paulo, exigindo um interventor civil e paulista usando o fato de Vargas não querer convocar eleições nem uma nova Constituição.
Isto é, o período do governo provisório estava se estendendo por muito tempo, com a centralização do poder nas mãos de Vargas.

Governo Constitucional (1934-1937)
Embora derrotados militarmente, os constitucionalistas de 1932 conseguiram parte de seus objetivos. Vargas convocou eleições para Assembléia Constituinte que aconteceu em maio de 1933 que apresentou as principais mudanças:
  • Voto secreto, obrigatório;
  • Voto feminino (excluindo-se analfabetos);
  • Justiça Eleitoral;
  • Corporativismo;
  • Confirmação de leis trabalhistas;
  • Mandato presidencial de quatro anos.
Estado Novo
Nome que se deu ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este período ficou marcado, no campo político, por um governo ditatorial. Em cadeia de rádio foi anunciado por Getúlio Vargas o Estado Novo.
Foi fechado o Congresso, dissolvidos os partidos e modificada a Constituição. Então a nova constituição ficou conhecida como “A Polaca”, por ter sido inspirada pela constituição fascista da Polônia.
Golpe de Estado de 1937
Em janeiro de 1938 deveriam ocorrer as eleições presidenciais. Porém alegando a existência de um suposto comunista (Plano Cohen) e aproveitando o momento de instabilidade política pelo qual passava o país, Getúlio Vargas deu um golpe de estado. Vargas contou com o apoio da população (principalmente a classe média com medo do comunismo) e dos militares. Começando assim um período ditatorial.
Após o golpe fechou o Congresso Nacional e impôs uma nova constituição “A Polaca” com várias características antidemocráticas.
Realização e fatos desse período:
  • Censura aos meios de comunicação ( rádios, revistas, jornais) e as manifestações artísticas, por exemplo, teatro, cinema, etc;
  • Criação do DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda) para promover e divulgar as realizações do governo;
  • Perseguição e prisões de opositores e inimigos políticos;
  • Repressão às manifestações políticas e sociais (protestos, greves, passeatas);
  • Controle dos Sindicatos;
  • Criação da CTL (Consolidação das Leis Trabalhistas), garantindo vários direitos aos trabalhadores;
  • Centralização administrativa do estado;
  • Criação de uma nova moeda, o cruzeiro;
  • Investimentos em infra-estrutura e ênfase no desenvolvimento industrial ( criação da CSN e Vale do Rio Doce);
  • Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados, com o envio da FEB aos campos de batalha na Itália.
Fim do Estado Novo
Com o final da 2ª Guerra Mundial (1945) e a derrota das nações fascistas, a opinião pública começou a contestar o regime ditatorial varguista. Intelectuais, profissionais liberais, artistas e grande parcela do povo queriam a volta da “democracia” ao país. As pressões para a renúncia de Vargas aumentavam a cada dia.
No dia 29 de outubro de 1945, um movimento militar, liderado por generais, depôs Vargas do poder.
Características Gerais do Governo Vargas
Possuía as seguintes características:
Autoritarismo, estadismo, corporativismo, culto ao líder combinado com concessões parciais à camada mais pobre da população visando obter seu apoio. O Estado então era o “mediador” dos conflitos sociais.
O governo Vargas, apresentou pontos positivos e negativas para o país. Na área econômica, o país fez grandes avanços com a modernização industrial, investimentos e infra-estrutura.
Os trabalhadores também foram beneficiados  com leis trabalhistas, garantindo diversos direitos. Porém, no aspecto político significou a falta de democracia, censura e aplicação de um regime de caráter populista.
Getúlio Dornelles Vargas
Foi advogado e político brasileiro, tornando-se Presidente da Republica do Brasil. Suicidou-se em 1954 com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Vargas foi um dos mais controvertidos políticos brasileiros do século XX. Sua influência se estende até hoje.
A sua herança política é invocada por pelo menos dois partidos atuais: o PDT e o PTB.
Referencias
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Getúlio_Vargas
  • http://www.brasilescola.com/historiab/era-vargas.htm
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Novo_%28Brasil%29
  • http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=53 

  • SILVA, Hélio. História Pública Brasileira (O inicio da Era Vargas 1934-1936). 3ª edição.
    São Paulo: 2004
  • SILVA, Hélio. História Pública Brasileira (O Estado Novo 1937-1938). 3ª edição.
    São Paulo: 2004
  • SILVA, Hélio. Os Presidentes (Getúlio Vargas). São Paulo


Grupo: Ana Paula Ferri, Gabriela dos Anjos, Maikéli Gamba, Rafaela Cheruti

    sábado, 8 de maio de 2010

    Revolução de 1930 - Apresentação 07/05/2010


    Revolução de 1930
    Na década de 1920 agravou-se a crise da Republica Velha, e com a mobilização do operariado e com as Revoltas Tenentistas, ela teve repercussão.
    Em 1926 o Partido Republicano Paulista (PRP), estava com alguns de seus setores descontentes e assim, fundaram o Partido Democrático (PD). O Partido Democrático defendia um programa reformista de oposição. Com a superprodução cafeeira e com super valorização do mesmo, foi aparecendo sinais de desgaste dos republicanos.
    A chamada Política do Café com Leite, estava em vigor na época da República Velha (1889-1930). Nela políticos de São Paulo e de Minas Gerais se alternavam na presidência da república. No começo de 1929, Washington Luís indicou o nome do Presidente de São Paulo Júlio Prestes, como seu sucessor.
    1929 foi um ano marcado pela quebra da Bolsa de Nova Iorque, e no Brasil, 1929 era um ano de campanha presidencial, esses fatores levaram ao fim da República Velha.
    Os políticos de Minas Gerais ficaram insatisfeitos com indicação de Júlio Prestes, pois esperavam que Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que governava aquele Estado, fosse o indicado, de acordo com a Política do Café com Leite. Os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, negaram apoio a Júlio Prestes.
    Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba uniram-se a políticos de oposição de diversos estados, inclusive do Partido Democrático de São Paulo, para se oporem à candidatura de Júlio Prestes , formando, em agosto de 1929, a Aliança Liberal. A candidatura e o programa da Aliança Liberal contaram com o apoio, além dos três governos estaduais citados, de partidos de oposição em vários estados, inclusive o Partido Libertador do Rio Grande do Sul.
    Em 20 de setembro de 1929, foram lançados os candidatos da Aliança Liberal às eleições presidenciais: Getúlio Vargas como candidato a Presidente e João Pessoa como candidato a vice-presidente (Presidente da Paraíba).
    As Eleições
    No dia 1º de março de 1930, foram realizadas as eleições que deram a vitória a Júlio Prestes. A Aliança Liberal não aceitou a validade das eleições, alegando que Júlio Prestes havia fraudado os resultados. Nos resultados as eleições, Júlio Prestes havia obtido 1.091.709 votos, e Getúlio Vargas havia obtido apenas 742.794 votos, sendo que ele teve 100% dos votos do Rio Grande do Sul.
    Além disso, deputados eleitos em estados onde a Aliança Liberal conseguiu a vitória, não obtiveram o reconhecimento dos seus mandatos. A partir daí, iniciou-se uma conspiração, com base no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.
    No dia 26 de julho de 1930, o candidato a vice-presidente João Pessoa foi assassinado em Recife. Isto serviu como estopim para a mobilização armada.
    As acusações de fraude, o descontentamento popular devido à crise econômica causada pela grande depressão de 1929, a morte de João Pessoa e o rompimento da política do café com leite, foram os principais fatores que criaram um clima favorável a uma revolução.
    A Revolução
    Embora Getúlio Vargas já tentara uma conciliação com o governo de Washington Luìs, na Paraíba o clima ainda era pesado. Mas com a aproximação da posse de Júlio Prestes, que seria em 15 de novembro, Vargas teve que decidir pelo inicio de uma revolução.
    A revolução de 1930 iniciou-se, finalmente, no Rio Grande do Sul em 3 de outubro, e se alastrou por todo o país.
    No dia 10, Getúlio Vargas partiu, por ferrovia, rumo à capital federal, que era Rio de Janeiro.
    Esperava-se que ocorresse uma grande batalha em Itararé, onde as tropas do governo federal estavam acampadas para deter o avanço das forças revolucionárias, lideradas militarmente pelo Coronel Góis Monteiro. Porém, as batalhas não ocorreram em Itararé, pois os generais Tasso Fragoso, Menna Barreto e o Almirante Isaías de Noronha, depuseram Washington Luís em 24 de outubro.
    Mas houve um combate em 12 e 13 de outubro em Quatiguá, que pode ter sido o maior combate desta Revolução.
    Uma república nova
    Em 3 de novembro de 1930, no Palácio do Catete, a junta militar passou o poder a Getúlio Vargas, encerrando a chamada república velha. Getúlio tornou-se Chefe do Governo Provisório com amplos poderes. A constituição de 1891 foi revogada e Getúlio governava por decretos.
    Com isso houve varias mudanças na República, algumas delas foram:
    • Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comercio, que foi entregue ao gaúcho Linfolfo Collor;
    • Criação das Leis Trabalhistas, que tiveram um papel fundamental na política de Getúlio Vargas.

    Referências

    • http://www.brasilescola.com/historiab/revolucao-30.htm
    • http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_1930
    • http://www.culturabrasil.org/revolucaode30.htm
    • http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/revolucao-1930.htm
    • Cotrim, Gilberto. História Global - Brasil e Geral - volume Único, 8ª edição
      São Paulo: 2005.
    Grupo: Leonardo, Anderson, André, Douglas, Yuri
     

      sábado, 1 de maio de 2010

      Primeira Guerra Mundial - Apresentação 30/04/2010

      Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


      Antecedentes


      Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do
      século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns
      países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África,
      ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado
      de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam
      explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado
      consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode
      ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
      Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência
      comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados
      consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre
      as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida
      armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro
      próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países,
      onde um tentava se armar mais do que o outro.
      Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito
      grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena
      para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava
      no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região
      perdida.
      O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado
      de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em
      unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia
      com os países eslavos.
      Alianças


      Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde
      o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram.
      De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro
      e Alemanha (a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado
      a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia
      e Reino Unido.
      O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros
      e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
      O inicio da Guerra


      O que influenciou o conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando,
      príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina).
      As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio
      chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos
      Bálcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia
      com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra a Servia.
      A Rússia mobilizou seus exércitos contra a Áustria. A Alemanha então
      declarou guerra a Rússia e a França, e invadiu a Bélgica. O Reino Unido entrou
      no conflito dia 4 de agosto e ficaram definidos os dois campos. De um lado
      as potencias centrais: Alemanha e o império austro-húngaro, apoiados por Turquia
      e Bulgária. Do outro os aliados: Rússia, Sérvia, Montenegro, França, Reino
      Unido e Bélgica.
      Após superar a resistência belga, o exército alemão invadiu a França
      na expectativa de uma vitória rápida, para poder concentrar depois suas forças
      contra a Rússia. De fato, chegou a 50 km de Paris, mas foi rechaçado na batalha
      do Marne, entre 5 e 10 de setembro. Os alemães então se entrincheiraram ao
      norte, de onde tentaram dominar a região da Mancha. A “corrida para o mar”
      dos alemães foi frustrada por uma ofensiva anglo-francesa com apoio belga.
      Desenvolvimento


      As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados
      ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista
      de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos
      destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias
      bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens
      lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como
      empregadas.
      Participação brasileira (1917-1918)


      Em 26 de outubro de 1917, após o torpedeamento de vários navios cargueiros
      brasileiros por submarino alemães, o Brasil declarou guerra à Alemanha. A
      participação brasileira foi restrita, porém útil. Uma divisão naval foi enviada
      em ajuda aos aliados, mas em Dacar a peste vitimou 464 dos 2 mil tripulantes.
      Dez aviadores do Corpo de Aviação Naval participaram do patrulhamento do
      Atlântico, e uma missão médica, composta de 100 cirurgiões, seguiu para a
      França. Navios dos Lóide Brasileiro ajudaram a transportar tropas americanas
      para a Europa.
      Fim do conflito


      Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos
      Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente,
      pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e
      França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança
      a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado
      de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha
      teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região
      do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena,
      além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado
      de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda
      Guerra Mundial.
      A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos,
      arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos
      econômicos.


      Tratado Versalhes


      Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo
      de paz assinado pelos países europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial
      (1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito
      mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas
      e militares. Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras
      da Primeira Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro
      de 1920, a recém criada Liga das Nações (futura ONU) ratificou o Tratado
      de Versalhes.


      Exigências do Tratado de Versalhes


      · Reconhecimento da independência da Áustria;
      · Devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França;
      · Devolução à Polônia das províncias de Posen e Prússia Ocidental;
      · As cidades alemãs de Malmedy e Eupen passariam para o controle da Bélgica;
      · A província do Sarre passaria para o controle da Liga das Nações por
      15 anos;
      · A região da Sonderjutlândia deveria ser devolvida à Dinamarca
      · Pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra,
      uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido
      em 269 bilhões de marcos;
      · Proibição de funcionamento da aeronáutica alemã (Luftwaffe);
      · A Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo, cem mil
      soldados;
      · Proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados;
      · Redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios de guerra
      e seis cruzadores.


      Consequências do Tratado de Versalhes


      As fortes imposições do Tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer neste
      país um sentimento de revanchismo e revolta entre a população. A indenização
      absurda enterrou de vez a economia alemã, já abalada pela guerra. As décadas
      de 1920 e 1930 foram marcadas por forte crise moral e econômica na Alemanha
      (inflação, desemprego, desvalorização do marco). Terreno fértil para o surgimento
      e crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para outro conflito armado,
      a Segunda Guerra Mundial.

      Referencias 



    • http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/

    • http://www.suapesquisa.com/pesquisa/tratado_de_versalhes.htm

    • Enciclopédia Barsa vol. 7, pag.: 259





    • Nome do Grupo: Hélio, Matheus e Roger

      quinta-feira, 8 de abril de 2010

      REPUBLICA VELHA - Apresentação 09/04/2010


      Introdução
      O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
      A República da Espada (1889 a 1894)

      Proclamação da República (Praça da
      Aclimação, atual Praça da República,
      Rio de Janeiro, 15/11/1889)
      Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto. 
      O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.

      A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)
      Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
      República das Oligarquias
      O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
      Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
      Surgiu neste período o
      tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino

      Introdução

      No inicio do período republicano no Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um sistema conhecido popularmente como coronelismo. Este nome foi dado, pois a política era controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros). 
      O coronelismo
      A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
      Características do coronelismo:

      - Voto de Cabresto: na
      República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.

      - Fraude eleitoral: os coronéis costumam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do voto fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias vezes ou até mesmo utilizar o nome de falecidos nas votações.

      - Política do café-com-leite: no começo do século XX, os estados de
      São Paulo e Minas Gerais eram os mais ricos da nação. Enquanto o primeiro lucrava muito com a produção e exportação de café, o segundo gerava riqueza com a produção de leite e derivados. Os políticos destes estados faziam acordos para perpetuarem-se no poder central. Muitos presidentes da República, neste período, foram paulistas e mineiros.

      - Política dos Governadores: os governadores dos estados e o presidente da República faziam acordos políticos, na base da troca de favores, para governarem de forma tranqüila. Os governadores não faziam oposição ao governo central e ganhavam , em troca deste apoio, liberação de verbas federais. Esta prática foi criada pelo presidente Campos Sales (1898-1902) e fortaleceu o poder dos coronéis em seus estados.
      Fim do coronelismo
      Com a Revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas à presidência da República, o coronelismo perdeu força e deixou de existir em várias regiões do Brasil. Apesar disso, algumas práticas do coronelismo, como, por exemplo, a compra de votos e fraudes eleitorais continuou existindo, por muito tempo, em algumas regiões.
      A crise da República Velha e o Golpe de 1930
      Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
      Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da
      Era Vargas.

      Economia

      No campo da economia, predominou as exportações de café, base da economia e maior fonte de receita tributária. Foi também um período de modernização, com grandes surtos de industrialização, como o ocorrido durante a Primeira Guerra Mundial, porém, a economia continuaria dominada pela cultura do café, até a Quebra da Bolsa de valores de Nova Iorque, durante a Crise de 1929.

      A República Velha perante a história

      Os monarquistas, por seu lado, lembram que o império brasileiro tinha conhecido um período de paz de 40 anos inédito no mundo, de 1849 a 1889. Como, ao contrário do Império, houve na República Velha, muitos conflitos armados e violência, a república velha foi acusada, pelos monarquistas, de ter sido a causa de tantas revoltas políticas.
      Por seu lado, os defensores da República velha contra argumentam que estes conflitos políticos eram inevitáveis com a urbanização do país e que a Política dos Estados do Dr. Campos Sales era muito boa e que só quando esta "Política dos Estados" não foi seguida que ocorrerram revoltas armadas.
      A conduta honrada dos políticos da República Velha foi atestada pela própria Revolução de 1930, que estabeleceu uma Justiça revolucionária e um Tribunal especial e uma Junta de Sanções com objetivo de investigar desvios e corrupção eventuais dos políticos depostos e nada encontrou de irregular, encerrando suas atividades depois de meses de investigações infrutíferas.
      A República Velha começou agrária e rural, em um país sem fronteiras definidas, e chegou a 1930 com as fronteiras definidas pacificamente, industrializado e urbanizado, dizem os defensores da República Velha.
      Já os críticos da República Velha afirmam que os vícios e desvios da "Política dos Estados" eram graves e que ela não soube absorver os novos conflitos e problemas originários da urbanização e crescimento acelerado da população.